Vejo a montanha à minha frente pousada
sobre a água sempre verde e penso na inutilidade
de tudo o que ela é, e na inutilidade de estar pensando nisto,
quando um pensamento inútil me sugere
que a montanha pode ser
um pormenor pensado por ela
na paisagem do meu próprio pensamento, para
com isto me levar a pensar sobre pensamentos,
e não sobre montanhas, ficando ela, como antes,
pousada na água sempre verde sem ser
pensada por ninguém.
(poeta português)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário