créditos: Júlia (idéia), Lidi (desenho)
segunda-feira, 2 de junho de 2008
a palavra de água se dissolve
Vejo a montanha à minha frente pousada
sobre a água sempre verde e penso na inutilidade
de tudo o que ela é, e na inutilidade de estar pensando nisto,
quando um pensamento inútil me sugere
que a montanha pode ser
um pormenor pensado por ela
na paisagem do meu próprio pensamento, para
com isto me levar a pensar sobre pensamentos,
e não sobre montanhas, ficando ela, como antes,
pousada na água sempre verde sem ser
pensada por ninguém.
(poeta português)
sobre a água sempre verde e penso na inutilidade
de tudo o que ela é, e na inutilidade de estar pensando nisto,
quando um pensamento inútil me sugere
que a montanha pode ser
um pormenor pensado por ela
na paisagem do meu próprio pensamento, para
com isto me levar a pensar sobre pensamentos,
e não sobre montanhas, ficando ela, como antes,
pousada na água sempre verde sem ser
pensada por ninguém.
(poeta português)
persevero o verbo
"Pra que sirvo senao pra isto,
pra ser vinte e pra ser visto,
pra ser versa e pra ser vice,
pra ser a super-superfície
onde o verbo vem ser mais?
Nao sirvo pra observar.
verso, perverso e conservo
um susto de quem se perde
no exato lugar onde está."
(leminski)
pra ser vinte e pra ser visto,
pra ser versa e pra ser vice,
pra ser a super-superfície
onde o verbo vem ser mais?
Nao sirvo pra observar.
verso, perverso e conservo
um susto de quem se perde
no exato lugar onde está."
(leminski)
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