Quando os quatro combinaram, o quinto já estava morto. Mas ele nao sabia e seguiu vivendo. E como tudo o que vive cansa, dormiu. De forma que por isso demorou a abrir a porta quando os quatro bateram de madrugada. Correu por correr, porque tudo o que é vivo corre da morte, ainda que seja corrida de sair perdido. O que falava pelos quatro era o que tinham nas maos, de forma que ninguém disse nada. Tiro foi muito, que ninguém ouviu. Endureceu embaixo da cama mesmo, naquela posiçao de quem quisesse agarrar esse vento que nos entra pela boca bem agora.
(in Chacina.
100 coisas.)
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